Soneto 54
Sou pobre pobre de marré de si.
Dindim sobrando, esse mesmo, cadê?
Sempre o cobertor curto sobre mim
Deixou de fora a cabeça ou o pé.
Quem me apresenta à fortuna? Ninguém.
Quem me tira o telhado? O esperto.
Onde está minha riqueza? No além.
E meu imposto de renda? No aperto.
Tanto sapato furado no dedo
Pra ajuntar uns trocados, mas também
Quem manda da pobreza não ter medo?
Por não temê-la de mim dizem bem:
É corajoso e sempre acorda cedo.
Pergunto então: quem quer meu lugar? Quem?
21/03/18
Ilustração: Foto de arquivo.
Ilustração: Foto de arquivo.
Os sonetos do OH!GranDIOsoFÁ! procuram trazer a paz de espírito aos corações puros da maldade da burguesia e seus lacaios, cujas almas arderão nas profundezas do inferno, mesmo que não exista Deus. Ler, memorizar e declamar esses inspirados versos de concórdia e união das classes trabalhadoras purificam o ambiente de sua casa e de seu trabalho. INDICAÇÕES: Para os casos de fascistite crônica, úlceras de ódio, fakenews, compulsão por programas imbecis estilo Datena, Jornal Nacional, Fantástico, Globonews, Band, Record, Jovem Pan etc. Sem contraindicações.