A cidade e seus desenhos reúne poemas gráficos de Cíbio
Bote. Publicados na forma de cartão postal, cartaz, camiseta e livro físico em
edições anteriores, os poemas ganham agora o formato e-book.
O livro tem duas partes. A primeira chama-se GeoCíbio;
nela a cidade e seus desenhos característicos comparecem
liricamente na forma de poemas gráficos. A segunda parte chama-se
EletroCíbio; nela o poeta fala das pessoas que habitam a metrópole, de suas
tensões, conflitos, decepções, sonhos, expectativa e esperanças.
Em todo o livro, o diálogo entre escrita e forma gráfica é
permanente. Mesmo quando o poema assume forma mais convencional, isso deriva de
uma solução visual e poética para o difícil problema de articulação
entre sentimento e linguagem.
Cíbio Bote,
na foto, em sua instalação
com cartões escritos por visitantes da 22ª. Bienal Internacional do Livro de
São Paulo, em 2012. Irmão gêmeo de Maria Emília Novaes,
também poeta, publicou seu primeiro livro na década de 1980, Balada
para a mosca e o inseticida, volume inicial de poemas em que a oralidade e
o grafismo se articulam de forma expressiva. Canção da pipa, desse volume, foi
musicada por Anabel Andrés em seu álbum Além da expansão dos desertos. Outros
poemas foram musicados na década de 80 por um músico punk que, segundo o poeta,
mereceu desaparecer sem deixar nem picho em muro. De poemas em cartazes, a
cartão postal, poucos foram os suportes que Cíbio Bote não experimentou. Na
década de 2000 publicou em parceria com Plínio M. Camargo o livro objeto Recheios
de lâminas para sanduíches de vidro/Pequena Geografia, respectivamente. Nesse
livro, poemas em lâminas de papel cartão são lidos em uma caixa que simula um monitor;
lido o poema, a lâmina é retirada da caixa e recolocada ao final do volume. Separadamente,
os dois livros foram publicados na década de 2010 em formato convencional.
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